“Quando a gente fala sobre o que é uma Economia Solidária, sempre vem em mente o movimento que vocês realizam, que vocês nos ajudam a realizar aqui dentro da Universidade. E cada aluno que participa da organização desse evento, cada professor que tem contato com o trabalho de vocês, não sai do mesmo jeito, cada feira é um encontro transformador”, afirmou a professora Carolina Resende, pró-reitora de Extensão, na abertura do Seminário de Economia Popular Solidária, que aconteceu na manhã da última terça-feira, dia 9 de maio, na sala multimeios da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA), no Campus Coração Eucarístico. “A proposta deste grupo nos ensina muito. A gente tem aprendido ao longo dos anos com vocês sobre confiança, sobre colaboração, sobre como sermos efetivamente solidários, porque no caso da feira, não é só porque houve um lema da Campanha da Fraternidade ou porque agora nós temos o chamado do Papa, esse movimento já trazia essa essência há muitos anos”, explicou.
A Economia Popular Solidária é uma política pública e um movimento que busca desenvolver uma economia alternativa e sustentável, o que reflete um jeito diferente de produzir, com foco no ser humano, cooperando e fortalecendo os grupos, pensando no bem de todos e no próprio bem. Pode ser considerado um modo de produção mais humanizado e inclusivo.
O evento contou com a participação de integrantes do movimento da Economia Solidária, que participaram da Feira de Economia Popular Solidária, entre os dias 10 e 12 de maio, no estacionamento do Campus Coração Eucarístico; além de representante do poder público, entidade social e da diretoria do movimento.
Para o coordenador de projetos da Providens – Ação Social Arquidiocesana, Márcio Bernardo de Oliveira Ramos, é uma alegria “muito grande” se sentir parte desse processo que está sendo construído. De acordo com ele, a Arquidiocese celebra, neste ano, 30 anos de caminhada com a Economia Solidária. “Assim como Francisco de Assis, há 800 anos, e o Papa Francisco, que têm sido uma referência para muitas pessoas, vocês também nos ensinam e nos apontam um caminho que muitas vezes a gente esquece, na correria do dia a dia a gente toma algumas decisões, tem algumas preocupações que se tornam prioridade, mas sermos solidários e fraternos, usar da alteridade, deve estar sempre como ponto principal do nosso caminho”, apontou.
Também esteve presente na abertura o subsecretário de Trabalho e Emprego da Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura de Belo Horizonte, Luiz Otávio Fonseca, que falou sobre como a Economia Solidária está estruturada e organizada na capital mineira, por meio do apoio do poder público. “A Prefeitura tem uma política de economia solidária e está levando isso a outros territórios, na área social”, disse. Ele citou a participação da Economia Solidária em eventos como o Arraial de Belô e a Virada Cultural, além de uma parceria que está sendo estabelecida com os centros culturais da cidade, para a identificação e capacitação de produtores. Falou ainda sobre a participação da Economia Solidária no projeto BH Mais Feliz, que desde julho do ano passado oferece prestação de serviços à população. “O propósito é este, o poder público, através da lei de Economia Solidária, estar na função de sempre criar pontos para a Economia Solidária comercializar”, finalizou.
A diretora da Economia Solidária de Belo Horizonte, Águeda Bafile de Alvarenga, ressaltou a importância de a Universidade atuar junto ao movimento da Economia Solidária. “Fico muito feliz com o convite da PUC, porque a gente participa todo ano, e mais feliz ainda por uma universidade tão importante estar valorizando tanto a nossa política pública de Economia Solidária, não só através das feiras, mas por fazer esse seminário tão relevante que envolve diversos setores aqui dentro, e uma forma de trazer o aprendizado, a troca de informações, e valorizar mesmo a nossa política pública”, frisou.
Após a abertura institucional, foi realizada a conferência Fraternar é Preciso: Economia Solidária, movimento feito a muitas mãos, que contou com a participação de Eduardo Brasileiro, mestrando em Ciências Sociais e especialista em Práticas de Autogestão em Economia Solidária; Emmanuele Silveira, superintendente de Geração de Renda e Economia Solidária da Prefeitura de Contagem; e Laureci Alves Paula, coordenadora da rede de alimentação de Belo Horizonte da Economia Solidária.
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Crédito da foto: Nathália Farnetti.