O projeto de extensão Implantação de Protótipo Simplificado de Depuração como Instrumento de Fornecimento de Água Potável para a Comunidade no Vale do Jequitinhonha prevê instalar nesta sexta, 25 de novembro, um aparato de baixo custo na comunidade de Mazagão, no munícipio de Chapada do Norte, região do Vale do Jequitinhonha, com o objetivo de levar água potável aos moradores. O protótipo já foi montado e passou por testes.
O projeto de extensão, submetido ao edital destinado ao fomento de iniciativas vinculadas aos princípios da Economia Francisco e Clara, é coordenado pela professora Raquel Sampaio Jacob, do Curso de Engenharia Civil da Unidade Barreiro.
O protótipo, que custa em média mil reais, é produzido com tubos de PVC, areia, brita e garrafas PET. Sampaio explica que o sistema funciona de forma simplificada, para o melhoramento da qualidade da água: “O reservatório transfere água para esse tubo de PVC e a água filtrada do tubo vai para as garrafas PET, que vão receber incidência de radiação solar durante três dias. Após esses três dias, a água já está em uma situação muito superior para consumo.”
Segundo pesquisa feita em 2021 pelo Instituto Trata Brasil, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. Devido esse cenário, o projeto de extensão iniciou a busca por uma comunidade para implementar o protótipo. “Em contato com a ONG Child Fund Brasil, que é parceira do projeto, nós ficamos sabendo da comunidade do Mazagão era muito propícia para desenvolver um projeto que se propusesse a levar água potável”, explica. Atualmente, a comunidade de Mazagão não tem acesso a água propícia para o consumo. A implantação de um protótipo simplificado poderá alterar o quadro e proporcionar mais qualidade de vida aos moradores.
No momento, a iniciativa está em fase de teste e ficará por seis meses com duas famílias. Após o processo de adaptação, será possível replicar o protótipo para toda a comunidade. O principal obstáculo, além da distância entre Belo Horizonte e Chapada do Norte, é a falta de parceiros. “Estamos firmando uma parceria, mas não está garantido. É complicado a gente monitorar regularmente e seria importantíssimo observar a qualidade da instalação depois de entregar para a comunidade. Parte do grupo local recebe auxílio de uma empresa privada, porém ela não vai fornecer mais o sachê que faz a limpeza da água. A estimativa é que no próximo ano já vai haver a interrupção do fornecimento”, informa a professora.
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